NR-1 e Saúde Mental no Trabalho: o que mudou em 2025 e como sua empresa deve se preparar para 2026

A saúde mental tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil — e não apenas nas conversas do dia a dia, mas também na legislação. As novas diretrizes da NR-1 trouxeram mudanças importantes, fazendo com que as empresas precisem olhar com mais seriedade para o bem-estar emocional de seus colaboradores.

Neste artigo, você vai entender de forma simples:

• O que é a NR-1

• O que muda com a atualização

• Como identificar riscos psicossociais

• Quais medidas as empresas podem adotar para se adequar

Vamos descomplicar tudo isso.

O que é a NR-1?

A NR-1 é uma Norma Regulamentadora que estabelece disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho. A grande novidade é que, agora, a saúde mental passou a fazer parte oficial dessa regulamentação.

E isso não é à toa: só em 2024, duas das cinco principais causas de afastamento do trabalho no Brasil estavam relacionadas à saúde mental. Os casos aumentaram 67% em comparação com 2023, ultrapassando 472 mil afastamentos.

Diante desse cenário, o capítulo 1.5 da NR-1 foi atualizado, trazendo novas exigências válidas a partir de 2025.

O que muda com a NR-1 em 2025?

Com a atualização, as empresas não podem mais avaliar apenas riscos físicos, como ergonomia e segurança. Agora, é obrigatório considerar também os riscos emocionais que impactam diretamente o dia a dia do trabalhador.

Entre os riscos psicossociais que passam a ser reconhecidos pela norma, estão:

• Estresse

• Assédio

• Exaustão mental

• Sobrecarga

• Ambiente hostil ou pouco acolhedor

Ou seja: saúde mental, agora, é um risco real dentro do ambiente corporativo e deve ser tratado com estratégias de prevenção e controle.

Como identificar riscos psicossociais no ambiente de trabalho

Com a nova NR-1, o setor de RH se torna ainda mais estratégico. A área deve atuar de forma proativa, usando dados e indicadores para identificar sinais de adoecimento mental e riscos psicossociais.

Algumas ferramentas importantes são:

• Pesquisas de clima organizacional

• Taxa de turnover

• Relatórios de manifestações ou denúncias internas

• Conversas e feedbacks individuais

• Histórico de afastamentos

• Análises de engajamento e produtividade

Além dos dados, alguns sinais práticos ajudam a identificar quando o ambiente está impactando a saúde mental dos colaboradores:

• Aumento de faltas e absenteísmo

• Queda na produtividade

• Falta de engajamento

• Crescimento no número de afastamentos

• Relatos de estresse, exaustão ou sobrecarga

Quando esses sinais aparecem, é essencial rever a cultura da empresa e fazer uma autocrítica honesta sobre a forma como as pessoas estão sendo tratadas e conduzidas no dia a dia.

Medidas que as empresas podem adotar para se adequar

Para cumprir a nova NR-1 e promover um ambiente de trabalho saudável, algumas ações são fundamentais. Entre elas:

1. Diagnóstico do cenário atual

Antes de qualquer mudança, é preciso entender como está a saúde mental da empresa. Isso permite definir planos de ação mais eficientes.

2. Programas de saúde mental

Incluem:

• Apoio psicológico

• Treinamentos de gestão de estresse

• Palestras educativas

• Rodas de conversa

3. Treinamento de líderes e gestores

Gestores bem preparados são essenciais para criar ambientes seguros e acolhedores. Eles devem saber ouvir, orientar, alinhar expectativas e evitar práticas abusivas.

4. Políticas de trabalho mais equilibradas

Como:

• Horários flexíveis

• Metas claras e realistas

• Cultura de feedback contínuo

• Oportunidades reais de crescimento

• Reconhecimento profissional

Essas medidas ajudam a reduzir riscos emocionais e fortalecem o bem-estar no ambiente corporativo.

Conclusão

A atualização da NR-1 marca um avanço importante na forma como o Brasil entende saúde mental no trabalho. Agora, empresas precisam assumir um papel ativo na prevenção e no cuidado, criando ambientes mais humanos, equilibrados e saudáveis.

Se sua empresa ainda não começou esse movimento, este é o momento. Informação compartilhada é transformação — por isso, envie este conteúdo para colegas, gestores e profissionais que precisam estar atentos a essas mudanças.