Tendências na Área de SST para 2026

Aqui vai uma dissertação sobre as principais tendências para 2026 no campo de técnicos em segurança no trabalho — ou seja: onde o “jogo” está mudando e o que quem atua nessa área precisa ter no radar. Se estiver no Brasil ou atuando em contextos internacionais, muitos desses temas farão sentido — podemos também adaptá‑los ao contexto local, se quiser.

11/19/20256 min ler

a man riding a skateboard down the side of a ramp
a man riding a skateboard down the side of a ramp

Tendências, Novidades e Tecnologia

A segurança ocupacional tem passado por mudanças significativas. Não se trata mais apenas de conformidade regulatória e uso de EPI; agora envolve antecipação de riscos, integração de tecnologia, saúde mental, adaptação ao clima, integração da segurança com a estratégia de negócios, entre outros. Para os profissionais de saúde e segurança ocupacional, 2026 trará desafios e oportunidades para agregar valor, ser mais estratégico e estar preparado para requisitos de escopo mais amplo. Neste artigo, identifico as principais tendências que estão ganhando destaque.

Principais Tendências para 2026

Tecnologia, Dados e Previsão de Risco. Estamos nos afastando cada vez mais de um paradigma de "dados reativos" para um paradigma de "segurança preditiva". Há um fluxo crescente de dados provenientes de sistemas de sensores, e dispositivos vestíveis que incorporam análise de risco em tempo real e Inteligência Artificial (IA) para prever e alertar sobre potenciais situações de risco antes que ocorram. Para um técnico de segurança, isso significa ser capaz de interpretar dados, trabalhar com painéis de controle, colaborar com TI e automação, e entender como a tecnologia pode ser uma aliada na prevenção de riscos, que só crescerá em importância. Por exemplo: sensores de vibração, sensores de proximidade, dispositivos vestíveis que medem a exposição e sistemas de monitoramento contínuo. Isso também envolve a revisão das metodologias de avaliação de risco — não apenas com base em incidentes passados, mas indicando 'indicadores antecedentes' (indicadores que apontam o que pode dar errado). Saúde Mental, Segurança Psicológica e Bem-Estar.

A segurança ocupacional vai além da segurança física: o bem-estar psicológico, a pressão de desempenho, ambientes de trabalho híbridos ou remotos, estão aumentando a importância da saúde mental como parte da segurança. Os técnicos de segurança precisarão abranger: programas de segurança psicológica (um ambiente onde os trabalhadores podem levantar riscos sem medo). Monitoramento do estresse, burnout, fadiga e fatores de risco psicossociais. Incluir treinamentos que levem em conta o ‘humano’ — não apenas máquinas e EPIs. Os impactos das mudanças climáticas, riscos ambientais e condições de trabalho ao ar livre. A segurança ocupacional agora dará mais peso a riscos como calor extremo, eventos climáticos severos e condições ambientais adversas. Para os técnicos: atenção extra aos trabalhadores em ambientes expostos (como construção, logística de trabalho ao ar livre), preparação para emergências relacionadas ao clima e fusão da segurança com a sustentabilidade. Identificar riscos ambientais como parte da integração de ambiental, máquina e processos, clima, e ergonomia ambiental e térmica na avaliação de riscos. Cadeia, fornecedores, contratantes e gerenciamento de responsabilidade ampliada. As empresas estão cada vez mais exigindo que os riscos de segurança não permaneçam “dentro da fábrica”, mas também incluam contratantes, terceirização e fornecedores. A responsabilidade se estende, para o técnico de segurança: isso significa garantir que todos os atores da cadeia (subcontratados, parceiros) cumpram o padrão de segurança, que haja auditoria externa, controle de documentos, treinamentos compatíveis e comunicação uniforme. Equipes de trabalho mais diversas, a força de trabalho está envelhecendo e inclusão.

O perfil dos trabalhadores está mudando: há mais diversidade (gênero, idade, culturas), mais trabalhadores com 50+, mais trabalhadores remotos ou flexíveis. Assim: adaptação de tarefas, ergonomia para diferentes grupos etários, mais cuidado com tarefas de alto esforço para aqueles que já têm menos “reserva física”, e inclusão de segurança (por exemplo: deficientes, minorias). Para os técnicos: isso requer pensar em políticas de segurança mais inclusivas, adaptando EPIs, ergonomia personalizada, treinamentos que considerem esse público diversificado. Treinamento e desenvolvimento utilizando métodos mais imersivos. Treinamentos que tinham slides pré-gravados estão sendo complementados com realidade virtual em tempo real (VR), gamificação, simulações e realidade aumentada (AR), preparando os trabalhadores para situações de risco real. O técnico de segurança precisa conhecer essas tecnologias para analisar fatores de custo-benefício, selecionar fornecedores e implementar treinamentos que realmente engajem e garantam a retenção do aprendizado.

Privacidade de Dados, Cibersegurança e as Implicações da Automação

Com sensores, dispositivos vestíveis, automação e IA operando em conjunto em um ambiente de trabalho, não apenas riscos físicos, mas riscos “híbridos” surgem: privacidade dos trabalhadores, invasões de sistemas e a dependência excessiva de automação que pode falhar. A segurança no local de trabalho amplia seu foco, não se trata mais apenas de “queda, corte, máquina”, mas “o que acontece quando o sistema robótico falha?” “o que acontece com os dados biométricos?”, e “como gerenciamos a interação humano-máquina?” O técnico de segurança precisa trabalhar com TI, entender os riscos da automação e dos sistemas de informação para garantir que a segurança esteja integrada com a tecnologia e a privacidade. O que será a segurança em 2026, e como vai funcionar a construção de uma cultura de segurança alinhada com o planejamento estratégico das organizações. Para 2026, segurança como custo e checklist será um conceito em desuso, e segurança será um dos pilares estratégicos da organização para a reputação, a marca empregadora, a sustentabilidade, e o ESG. Para a unidade técnica, isso deve ser traduzido em reportar o resultado das ações de segurança em termos de negócio, evocar o valor agregado, engajamento da liderança, e cultivar uma cultura de que “todos são responsáveis pela segurança”. Segurança para os trabalhadores e para todos os que estarão envolvidos.

Mais interativos, maior visualidade nos dados por meio de relatórios que será possível direcionar. Segurança do trabalho: atividades Segurança do trabalho, atividades: ações que podem viabilizar a operacionalização das diretrizes: Se ainda não o fez, implante ou revise o backlog de dash de indicadores de segurança, que em tempo real, com dados propriamente, com tendências, de “pré-acidentes”, não apenas de acidentes. Planos de ação que já possuem implementação e que devem mapear atividades de trabalho ao ar livre ou em condições de calor e de clima adverso. Adoção ou implementação em fase de teste de treinamentos em realidades virtuais ou simulações para trabalho envolvem tarefas críticas. A segurança de um trabalho para outros que são subcontratados e que são fornecedores deve ter uma segurança em que haja um critério de segurança e de segurança que envolvem auditorias e uma documentação que é clara e que é um sistema de controle. A segurança e a ergonomia ao longo do tempo deve ser um dos aspectos a considerar a faixa etária e o gênero, os EPIs que são adaptados, e os postos de trabalho. Integre-se com TI para ganhar uma compreensão da automação e seu(s) risco(s), proteção de dados, privacidade e cibersegurança. Desenvolva campanhas de comunicação que reforcem a cultura de que “a segurança é responsabilidade de todos”, promovam a participação e incentivem o feedback e o aprendizado contínuo. Meça e comunique os resultados da segurança em termos diferentes de “acidentes evitados” para incluir “livre de lesões com tempo perdido”, “engajamento”, “redução significativa de quase acidentes”, “economias de custos com prevenção”.

Desafios e considerações

Claro, implementar tudo isso não é uma tarefa fácil, e alguns dos desafios incluem. Custo e resistência à mudança: novas tecnologias, treinamento e a adição de novos sensores exigem alocação de orçamento. Conjuntos de habilidades técnicas: o trabalhador precisa se atualizar em dados, tecnologia, IA e ergonomia avançada. Silos organizacionais: segurança não é uma ilha, precisa dialogar com TI, RH, operações e fornecedores. Regulamentação e contexto local: Embora as tendências possam ser globais, no Brasil e em alguns outros países, pode haver lacunas regulatórias, de infraestrutura ou culturais que tornam as coisas mais difíceis. Privacidade e ética: sensores, dados dos trabalhadores, automação, tudo isso requer ética, consentimento e legislação de dados. Mantenha o humano em foco: a tecnologia não substitui o bom senso, a observação em campo e o engajamento genuíno dos trabalhadores. A segurança tecnológica deve andar de mãos dadas com a “segurança humana”.

Futuro Promissor

Para pessoas que trabalham como Técnico em Segurança do Trabalho - ou que aspiram a esse papel - 2026 será um ano marco para a integração de Tecnologia, Saúde Holística, Variáveis Ambientais e Integração de Cadeia no campo de trabalho. Aqueles que puderem abraçar essas mudanças - atualizando e se adaptando às novas ferramentas e comunicando de forma mais estratégica - estarão em vantagem.